domingo, 27 de maio de 2007

. sobre os tiros da macaca .

De frente para o espelho, lembrava do que dizem, que ao arrancar um cabelo branco, três nascerão no lugar. Então, como resultado, é me preparar para ver a cabeleira toda perder a cor.

Achei três fios. Esses três fios que já foram motivos de comentários dos mais próximos, já que pareciam brilhar para chamar a atenção. Arranquei sem dó. Eles estavam me cansando; ter que escovar o cabelo e sempre me deparar com eles ali. E, como não podia deixar de ser, essa experiência não passou batida. Uma dura realidade se configurou ao segurar o fio de uma ponta a outra e perceber a transformação; ver uma ponta ainda escura e fina ir embranquecendo. Sei não, para muitos isso nem deve significar nada. E para outros é besteira contanto que não seja em suas cabeças, mas vou dizer uma coisa, não é bom. E mesmo para aqueles que afirmam que cabelo branco não significa velhice, quero dizer que, para mim, é motivo para pensar sim.

Que de cabeça eu já passei da idade, nunca me iludi do contrário. Com criação antepassada e com personalidade introspectiva, nada mas natural do que passar com mais rapidez pela época das poucas preocupações e de muito otimismo e ideologias. Embora aqui precise admitir que me agarro a alguns desses sentimentos para não ficar completamente fora de contexto.

O difícil tem sido lidar com o tempo agindo sobre o próprio corpo. Perceber as mudanças, a maturidade da pele, a mudança dos cabelos, da elasticidade, do viço mesmo. Daqui a pouco faço vinte e cinco. Para a mulher, desde sempre, essa é uma boa hora de começar a prestar atenção, cuidar para seguir em frente demonstrando sempre ter menos do que na realidade têm.

Hoje arranquei três fios brancos da minha cabeça. Se a afirmação popular estiver certa, são nove fios de cabelo branco se preparando pra nascer nesse instante. Isso sem contar com os que se camuflam entres os tantos resistentes. Parece uma bola de neve e preciso começar a escolher o tom da tintura que cairá melhor e os enconderá. Uma estratégia simples e praticamente natural nos dias de hoje. Vejamos apenas se essa atitude encontra uma similar em relação ao espírito, senão ele impedirá todas as tentativas por não me achar de acordo. Vejamos o que poderei fazer para caminhar com corpo e mente equilibrados.

4 comentários:

Renata disse...

Luiza, eu quero morrer quando encontro um fio branco em mim.
Pior ainda quando alguém me mostra. Por que tem que comentar que eu tenho um fio branco? Acaba com o meu dia...

Jana disse...

Esse maldito numero. Tb achei TRÊS maleditos fios de cabelo branco, e como uma grega quis cuspir tres vezes pra espantar o mau-agouro. O pior que os ajudantes de mefistofelis, estavam na minha franja. Matei-os, joguei na privada, dei descarga sem olhar pra trás, e dei uma banana no lugar de uma doce despedida. Uma lição para que eles não se atrevam de voltar tão cedo.

Menáge à Trois disse...

Luiza!!!!!!! VOcê tem um blog!!!rsrs...
Um peminha bobo nascido agora para celebrar seu texto

A idade

É como uma onda do mar, transborda e desperdiça energia.
Quando vai a gente comemora, quando vem, a gente chora.
Muitas vezes de tristeza, as primeiras de alegria.
Mas quem somos nós para lutar?
Se o tempo é o nosso todo poderoso
Quem somos nós para podar o inevitável desGOSTO de envelhecer?
Cada dia tem seu pouso
Cada dia que finda é maravilhoso
Precisamos ir para voltar
Voltar a ser sem ser de novo.

Autora: Geórgia, como ninguém!!moi!!

Jana disse...

Adivinha quem ainda tem de te enviar as fotos do show do lenine??