quarta-feira, 29 de agosto de 2007

. amizade* .

Sou um ser sem defesas diante de quem amo...

* aquele chaveiro que sempre estará lá.

. noções de mundo via satélite .

O Google Earth me assusta. Sempre que invento de viajar pelos cantos mais remotos do planeta por esse programa, bate uma angústia de me ver tão pequena, com noções de mundo tão limitadas. Pareço uma matutinha na frente do computador, sem acreditar que aquelas imagens são de verdade.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

. feminices .

Lidar com esses processos tepeêmicos tem exigido muito de mim. Parecem querer, a cada mês, desafiar meu auto-controle. Uma verdadeira guerra travada com os hormônios na disputa pela sala de controle.

domingo, 19 de agosto de 2007

. versos isolados .

Você me tem fácil demais
Mas não parece capaz
De cuidar do que possui.


Retiro esses versos do contexto da letra de 'Nada por Mim', do Herbert Vianna e da Paula Toller, e eles naturalmente se encaixam em mim, na minha vida, nas minhas relações em geral.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

. malhação .

O catador que cruzou meu carro hoje com sua carroça tinha uma barriga tanquinho a competir com Malvino Salvador. Quero deixar registrado para quem ainda não sabe que, para mim, o Malvino é top.

Daí pensei no quanto essa vida pode ser atordoante quando me sacode uma reflexão 'anti-umbigo' assim que surge uma chance: continuei dirigindo e passei a imaginar mentalmente a rotina de cada um para "manter" o corpinho. Sério, perdi até o tesão de tanto que a desigualdade me abalou.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

. mãos na massa .

Minha primeira experiência culinária ficou uma delícia! Com a folga de três dias que a Zilda, nossa secretária, ganhou com sua ida ao dentista, resolvi não adiar mais meus planos de aprender a preparar alguma coisa que necessite de um fogão.

Aliada ao plano inicial, juntei também a tendência a pratos leves e saudáveis. Claro, não apenas por uma questão de moda, mas principalmente por necessidade; preciso queimar dois pneuzinhos laterais. Sei que sem esforço fica difícil, então conciliei a necesssidade com alguns instantes de prazer e consciência leve. Dessa maneira, comprei meus ingredientes lights para uma lasanha. A minha primeira lasanha!

Já foi complicado achar a massa integral. Pareciam as últimas embalagens da prateleira, daquelas que estão lá desde a inauguração. Lógico, fui direto no prazo de validade. Juntei no carrinho o molho de tomate e creme de leite lights, presunto de peru e ricota fresca.

Na cozinha, local da mágica, juro pra vocês que nunca ví os olhinhos da minha mãe brilharem tanto. Era muita felicidade para essa senhora que tinha em sua maior frustração reconhecer a filha como uma mulher completamene ignorante no que pra ela é essencial em qualquer mulher.

Entre as instruções de quanto de sal, de quanto minutos no fogo e de camadas para o recheio, ela soltava indiretas do tipo: "hum, agora é lasanha, final de semana que vem vamos tentar outra coisa?", ou ainda "já sabe fazer lasanha, tá bom de aprender a fazer um café, certo?"

Como resultado, passamos o fim de semana à base de lasanha. Lembro até de ter conseguido fazer meu pai comer um pouquinho, já que ele não é muito chegado a esse tipo de comida. Taí outro que se viu feliz com a iniciativa da filha... Impressionante como aqui em casa se vai na contramão. A neta dele se forma em Direito na Mackenzie e ele parece mais contente com minha façanha gastronômica.

Acho que já sei porque resisti durante tanto tempo, era pressão demais. O bom é que hoje me sinto melhor comigo mesma, já dá para arriscar escutar mais piadinhas e conselhos em novas empreitadas. Já sei que não morro de fome; se não rolar mais nada, posso viver da minha lasanha até o final dos dias. Ou melhor, se rolar tamanho prazer como ao preparar e experimentar esse prato aqui, posso adiantar que daqui a pouco já dá pra casar*.

ps.: E que meus pais nem sonhem, mas se o tal 'casar' não rolar, que o 'ter meu próprio cantinho' substitua o plano oficial.